Há muito se questiona a influência da pílula anticoncepcional sobre a saúde da mulher. Desde quando a primeira pílula entrou para o mercado americano, em 1960, muitos mitos foram criados sobre seus efeitos, que, com o decorrer do tempo e incontáveis estudos sobre o assunto, puderam ser desmistificados ou confirmados. Ainda assim, não há verdades absolutas sobre alguns temas e o mais polêmico deles talvez seja a sua relação com alguns tipos de câncer.
O câncer de endométrio possui como principais fatores de risco condições associadas com uma exposição excessiva ao hormônio estrogênio, no decorrer da vida da mulher, com a primeira menstruação ter acontecido muito cedo (antes dos 11 anos de idade),com a menopausa tardia (após os 52 anos de idade),com o nunca ter engravidado, com o possuir alguma condição que a impeça de ovular no decorrer da vida, como a síndrome dos ovários policísticos, entre outros, mas o mais importante deles e que merece maior destaque é a obesidade.
O câncer de ovário possui como principais fatores de risco a idade (mais de 50 anos),o histórico familiar de câncer de mama, ovário ou intestino, o início da primeira menstruação muito cedo, a menopausa tardia, a obesidade, o nunca ter engravidado, o tabagismo, a endometriose, entre outros.
E qual a relação entre a pílula e esses cânceres?
Ao contrário do que o senso comum possa sugerir, a pílula anticoncepcional é, na verdade, protetora desses dois tipos de câncer e sob esse aspecto pode ser usada sem preocupação.
Por mais comum que tenha se tornado o uso da pílula anticoncepcional, algo tem de estar claro: não são todas as mulheres que podem utilizá-la, isso porque existem diversas contraindicações a essa medicação, que, se não forem respeitadas, podem levar a sérias complicações. Além disso, também existem diversas pílulas diferentes que podem ser melhor indicadas conforme cada caso. Por isso, é extremamente importante que ela seja prescrita por um médico após avaliação clínica adequada.