A campanha conhecida internacionalmente “Outubro Rosa” acontece todos os anos e mobiliza pessoas no mundo inteiro. Este ano não foi diferente e muitos eventos foram realizados em diversas partes do planeta visando chamar a atenção das mulheres para ações preventivas contra o câncer de mama.
A campanha começou em 1997 na Califórnia, nos EUA, e se espalhou pelo mundo. Embora no mês de outubro o tema seja mais recorrente, instituições e organizações de combate ao câncer de mama incentivam que as campanhas e ações preventivas aconteçam durante todo o ano. Mas para se prevenir, é preciso estar bem informada.
O que é o câncer de mama
Segundo o INCA – Instituto do Câncer (RJ) – a doença caracteriza-se por um crescimento desordenado de células que se multiplicam rapidamente. Essas células geralmente são muito agressivas, ocasionando a formação de tumores malignos que podem se espalhar para outras partes do corpo.
Porém, nem todo tumor encontrado na mama é maligno. A maioria dos nódulos (ou caroços) encontrados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos.
Quais os sintomas
O sintoma mais comum é a presença de nódulo na mama que, apesar de serem indolores, podem se apresentar tanto irregulares e endurecidos quanto redondos e amaciados. Ou seja, às vezes, a aparição da doença é discreta. Portanto, é importante fazer os exames pelo menos uma vez por ano e procurar um ginecologista em caso de alguma suspeita.
Outros sinais podem ser inchaço em partes da mama, irritação na pele ou surgimento de irregularidades no tecido (pele semelhante à casca de laranja), dor ou afundamento do mamilo, vermelhidão ou descamação, secreção avermelhada ou transparente e nódulos nas axilas.
Quando diagnosticado e tratado ainda na fase inicial – em que o nódulo mede menos de 1 centímetro – as possibilidades de cura chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para serem detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso, o autoexame é considerado hoje uma forma secundária de detecção. É fundamental que as mulheres façam uma mamografia por ano a partir dos 40 anos de idade.
Como prevenir-se
De acordo com o Inca – Instituto do Câncer, existem algumas medidas preventivas que podem evitar o câncer de mama. Evitar o excesso de peso, mantendo uma nutrição equilibrada e praticando atividades físicas com regularidade, previne contra a doença, já que a obesidade aumenta o risco de desenvolvimento do câncer.
A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contraindicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em qualquer idade. Porém, vale lembrar que, a prevenção primária ainda não é totalmente possível devido à variação dos fatores de risco e as influências genéticas envolvidas na etiologia da doença.
O tratamento do câncer de mama e a fertilidade
Já é do conhecimento público que o tratamento do câncer de mama pode afetar a fertilidade feminina dependendo do estágio do tumor e da terapia exigida para o tratamento. Porém, é importante lembrar que nem todo câncer prejudica a fertilidade. Tudo depende do tratamento feito para cada caso e da maneira como o corpo da mulher vai responder a ele.
O tipo de tumor e o estágio em que se encontra a doença determinam o tipo de tratamento. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura e de não necessitar de um tratamento quimioterápico. A idade da mulher também é um fator importante. Pacientes com mais de 35 anos, podem ter a menopausa induzida por quimioterapia, que acelera o processo de consumo de óvulos.
Em caso de diagnóstico da doença e se a paciente pretende ter filhos, é bom procurar um médico especialista em fertilidade. Caso haja tempo e condições pode-se fazer a criopreservação de embriões antes do tratamento, para aquelas pacientes que já se encontram em relacionamentos estáveis e podem esperar algum tempo antes de iniciar o tratamento contra o câncer.
Para as que não estão em relacionamentos estáveis ainda ou que precisam iniciar o tratamento mais rapidamente, há a opção da criopreservação de óvulos ou de tecido ovariano. Porém, ressalta-se que a paciente que fez tratamento contra o câncer e conseguiu preservar a fertilidade pode ter filhos como qualquer outra mulher sem nenhum problema.