Publicado em 19/09/2012 - Atualizado 26/09/2023

A estimulação ovariana no tratamento da infertilidade

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A estimulação ovariana é uma técnica que desempenha um papel importante no tratamento da infertilidade, sobretudo nos casos mais simples de anovulação e nos estímulos para técnicas de baixa e alta complexidade. De modo geral, a infertilidade é um desafio emocional e médico que afeta um número significativo de casais pelo mundo. Por isso, o melhor caminho é buscar ajuda médica especializada a fim de superar essa dificuldade.

Muitas vezes a Fertilização In Vitro (FIV) aparece como solução – procedimento no qual o óvulo e o espermatozoide se encontram fora do corpo da mulher após terem sido extraídos de ambos os parceiros ou doadores. Essa técnica pode ser precedida pela estimulação de ciclos de ovulação, na tentativa de facilitar o processo.

Neste artigo, iremos abordar os aspectos fundamentais da estimulação ovariana, suas aplicações, benefícios e considerações importantes. Acompanhe!

O que é a estimulação ovariana?

estimulação ovariana é um procedimento médico no qual os ovários de uma mulher são estimulados a produzir múltiplos óvulos em um ciclo menstrual. Esse processo tem o objetivo de garantir que o maior numero possível de óvulos saudáveis se desenvolvam para serem coletados e usados posteriormente na FIV.

No entanto, em certos casos, esses óvulos ainda não estão preparados para serem estimulados. Caso sejam feitos prematuramente, isso pode afetar negativamente a tentativa futura de fertilização.

Um estudo comparou as características dessas células em mulheres que passaram pela estimulação ovariana artificial e aquelas que não tiveram este estímulo adicional. A intenção era analisar em qual situação a fertilização daria mais certo. Ou seja, em qual grupo de mulheres os óvulos formados seriam mais viáveis.

Foram de fato observadas diferenças hormonais e diferenças genéticas entre eles. Acredita-se que esses hormônios tenham um papel significativo na qualidade do óvulo e na viabilidade da ovulação.

Após análise dos resultados, concluiu-se que as técnicas de estimulação ovariana promovem, sim, uma modificação no microambiente da célula que se tornará o óvulo. Porém, elas não comprometem de fato a habilidade de fertilizar nem a forma do embrião que resultará dele.

Os achados da pesquisa não podem ser interpretados como algo decisivo, apontam os próprios autores. Nas mulheres sob estimulação ovariana, apenas um de seus óvulos foi estudado e, portanto, não se sabe ainda se as diferenças observadas são prevalentes naquele grupo de células.

Também não se sabe se a diferença na qualidade delas superaria a vantagem de se ter uma quantidade maior de óvulos para se tentar a fertilização.

Como funciona a estimulação ovariana?

Esse processo envolve uma série de etapas cuidadosamente planejadas. Geralmente, a estimulação se inicia com uma avaliação médica detalhada, incluindo exames hormonais e ultrassonografias, para determinar a condição dos ovários e a abordagem mais adequada.

Após a avaliação, a paciente recebe medicamentos hormonais, que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos. Durante esse período, o desenvolvimento dos folículos é monitorado de perto por meio de ultrassonografias e exames de sangue.

A coleta dos óvulos é realizada por um procedimento cirúrgico menor, conhecido como punção folicular. Os óvulos coletados são então fertilizados em laboratório, seja por fertilização in vitro convencional ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), dependendo da situação do casal.

Independente da causa da infertilidade, existem diversas opções às quais o casal pode recorrer. A técnica de FIV, precedida ou não por estimulação ovariana, pode muitas vezes ser a melhor delas.

A importância do acompanhamento com especialista em reprodução humana

A ciência continua buscando novas técnicas e maneiras de aperfeiçoar as técnicas já existentes, visando auxiliar esses casais. Por isso, o médico especialista é fundamentalmente o melhor recurso para eles.

Dr. Jean Louis Maillard (CRM-SC 9987 e CRM-RS 13107) salienta que a hiperestimulação ovariana controlada apresenta maior capacidade de escolha de óvulos a serem fertilizados. Isso culmina em uma melhor escolha de embriões para a transferência. “Não acredito que o ciclo espontâneo possa ser a primeira opção nos ciclos de fertilização, mas a transferência de menor número de embriões, esta sim”, ressalta.

Portanto, a estimulação ovariana é uma ferramenta valiosa para o tratamento da infertilidade, oferecendo esperança aos casais que enfrentam o problema. No entanto, deve ser realizada sob a supervisão de profissionais experientes, considerando cuidadosamente os riscos e benefícios.

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Publicado por: Equipe Fecondare

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