A pelve é a parte do corpo popularmente chamada de “bacia”. Ela é constituída por ossos e músculos que ajudam na sustentação dele e que conectam o tronco com os membros inferiores. Ela dá suporte ao trato urinário, digestivo, reprodutivo e tem um importante papel na função sexual, especialmente na ereção e ejaculação.
É na infância que o ser humano aprende a controlar a sua musculatura pélvica, o que permite, por exemplo, que ele troque as fraldas pelo banheiro. A camada mais profunda dessa musculatura permite esse controle, enquanto que a camada mais superficial está envolvida com a parte sexual. O desempenho sexual quando afetado pode dificultar as tentativas de promover gravidez.
A integridade da musculatura pélvica é essencial para o seu bom funcionamento, mas alterações podem eventualmente se fazer presentes e se manifestar por meio de alguns sintomas como: perda de urina (durante o dia, ou mesmo logo após de ir ao banheiro),sensação de não esvaziar completamente a bexiga após urinar, prisão de ventre, perda das fezes (incontinência fecal),dificuldade em manter a ereção e em ejacular, dificuldade em sentir orgasmo, dor pélvica entre outros.
Algumas condições podem provocar o mau funcionamento da musculatura pélvica. Essas condições podem vir desde o nascimento ou ser adquiridas no decorrer da vida, como acontece no caso de lesão de um nervo da musculatura durante uma cirurgia, ou em pessoas com o hábito de “segurar muito tempo” antes de ir ao banheiro.
Existem exames que podem ser realizados para se verificar o funcionamento da pelve e diagnosticar uma possível alteração, como a eletromiografia cinesiológica, que registra a atividade elétrica dos músculos.
Quando detectada uma alteração, é possível realizar uma intervenção com fisioterapia, que é feita em duas etapas: na primeira o paciente aprende um pouco sobre a anatomia e o funcionamento da sua pelve, com o objetivo de se preparar para executar a segunda etapa em que ele usa um “biofeedback eletromiográfico”, que é um exame que permite que o paciente responda aos registros da atividade elétrica do seu músculo, exercitando-se de forma consciente. Algumas vezes a prática de um exercício físico mais comum, mas direcionado para o seu problema, é o suficiente.
A fisioterapia o leva a um melhor controle da musculatura e possibilita uma melhora nos sintomas, promovendo um enorme avanço na qualidade de vida.