Casais que enfrentaram as dificuldades da infertilidade e conseguiram obter sucesso em algum método de reprodução humana assistida, ainda precisam enfrentar um novo desafio: as chances de abortamento.
Em casos clínicos diagnosticados, a taxa de abortamento varia de 8 a 20%. Essa taxa avança conforme aumenta a idade da mulher: teremos incidência entre 9 e 17% até os 30 anos, 20% aos 35 anos, 40% aos 40 e 80% aos 45 anos.
O que caracteriza o abortamento?
Considera-se abortamento a interrupção da gravidez antes do concepto atingir sua viabilidade. Pela Organização Mundial da Saúde este limite seria entre 20 e 22 semanas, a partir do qual ocorreria a prematuridade. Nos casos de idade gestacional desconhecida é aceito o limite de 500g.
Causas
Temos uma gama de causas de abortamento sendo algumas evidentes e outras no campo das hipóteses. A grande maioria ocorre nas primeiras 12 semanas de gestação. Conheça as causas mais comuns:
- Fatores cromossômicos: a causa cromossômica é a mais comum e ocorre de 50 a 80% das vezes. As trissomias ocorrem em cerca de 52%, seguidas pela poliploidia – 21% e a monossomia X (Turner) em 13% dos casos. A presença de translocação balanceada em um dos membros do casal pode estar presente entre 4 a 5% dos casais com abortamento recorrente. A medida que a gestação avança, a proporção causada por alterações cromossômicas diminui podendo responder por cerca de 7% dos abortamentos tardios.
- Fatores imunológicos: por outro lado, fatores imunológicos são os principais responsáveis por abortamentos tardios. Eles podem ser auto-imunes ou aloimunes. Nos primeiros estão envolvidos anticorpos antifosfolípides, principalmente o anticoagulante lúpico e a cardiolipina envolvidos nos quadros de abortamentos recorrentes, doença hipertensiva específica da gravidez, descolamento prematuro da placenta e restrição do crescimento fetal. Já nas causas aloimuines baseia-se na teoria da diferença genética entre os indivíduos. Teoricamente teríamos uma resposta materna exacerbada contra antígenos paternos o que causaria o aborto.
- Fatores sistêmicos:entre os principais, podemos citar algumas infecções bacterianas e virais, com destaque para sífilis, toxoplasmose, rubéola, listeriose, brucelose além das infecções por Clamidia trchomatis e Ureaplasma urealyticum.
- Fatores uterinos: as malformações uterinas, representadas principalmente pelos septos uterinos representantes da alteração mulleriana mais frequente também podem causar abortamento.
- Substâncias químicas: não podemos deixar de citar as drogas e agentes nocivos sendo o tabagismo, o álcool e a cafeína os mais frequentemente utilizados. Entre as drogas ilícitas, talvez a cocaína seja a de maior importância na interrupção da gestação.
Formas clínicas
O abortamento apresenta-se sob muitas facetas com diversos sinais e sintomas, caracterizando várias formas clínicas, podendo ser dividido em:
- Ameaça de abortamento
- Abortamento inevitável
- Abortamento incompleto
- Abortamento completo
- Abortamento retido
- Abortamento infectado
- Abortamento habitual
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