Existe alguma relação entre as doenças autoimunes e infertilidade? Sabe-se que as doenças autoimunes são capazes de atingir de forma severa diversas partes do organismo. Por isso, podem surgir dúvidas sobre a dificuldade de um casal engravidar.
Continue lendo o artigo para descobrir a resposta da pergunta e entender um pouco mais sobre o assunto.
Doenças autoimunes e infertilidade
Caracterizadas como um grupo de doenças que agridem o sistema imunológico ao ponto de deixá-lo desorientado, as doenças autoimunes compreendem mais de 100 tipos de problemas. Essas doenças são diferentes entre si, acometendo órgãos diferentes, e podem variar em relação aos sintomas.
Já a infertilidade é entendida como a dificuldade de um casal engravidar, mesmo mantendo relações sexuais regularmente no período de um ano. A infertilidade pode estar ligada a uma série problemas, entre os quais:
- SOP, ou síndrome dos ovários policísticos (em mulheres);
- síndrome da anovulação crônica (em mulheres);
- insuficiência ovariana prematura (em mulheres);
- menopausa (em mulheres);
- caxumba (em homens);
- infecções sexualmente transmissíveis (em ambos);
- varicocele (em homens);
- entre outros.
Além disso, os mecanismos imunológicos também podem fazer com que o processo de implantação e a permanência dos embriões no útero sejam mais difíceis, causando uma dificuldade para que a mulher consiga engravidar.
É importante ter em mente que ter uma doença autoimune nem sempre vai impossibilitar uma gravidez. Mas, na maioria dos casos, essas doenças podem tornar o processo mais difícil. Ou seja, os fatores imunológicos podem contribuir para os processos de fertilização, implantação e desenvolvimento fetal.
Portanto, as doenças autoimunes, principalmente aquelas que são específicas dos órgãos que causam falência ovárica, assim como o uso de alguns dos medicamentos para o tratamento da doença, podem causar a redução da fertilidade feminina.
É possível engravidar tendo doença autoimune?
Como existe uma relação entre as doenças autoimunes e infertilidade, é comum se perguntar se quem tem doença autoimune pode engravidar ou não. Logo, a resposta para essa pergunta, é sim, pacientes autoimunes podem engravidar.
Atualmente, é possível encontrar inúmeras formas de tratamentos para a infertilidade, principalmente para as mulheres com doenças autoimunes. É importante destacar que os riscos, nesses casos, são maiores, tanto para a gestante quanto para o bebê.
Por esse motivo, a atenção precisa ser redobrada. As doenças autoimunes precisam ser acompanhadas e muito bem controladas durante a gestação e a mulher deve estar alerta para qualquer sinal de piora.
Tenha em mente que as doenças autoimunes são doenças crônicas. Ou seja, apresentam fases de remissão, assim como de surtos, contribuindo para o aumento da ocorrência de um aborto espontâneo.
De modo geral, o recomendado para os pacientes com doenças autoimunes é que engravidem apenas se a doença estiver sob controle. Isso porque a doença, durante a gestação, pode afetar negativamente a saúde da mãe e do bebê. Tenha em mente que a gestação durante uma doença autoimune precisa ser muito bem planejada para evitar maiores problemas.
Como preservar a fertilidade em pacientes autoimunes?
Como o aconselhável é que as mulheres esperem a doença estar controlada para poderem realizar o sonho de engravidar, preservar a fertilidade é a melhor forma para isso ser possível. Com o passar dos anos, a fertilidade vai diminuindo progressivamente.
Isso pode piorar quando os remédios para tratamento das doenças autoimunes também ajudam nessa redução. Por esse motivo, separamos algumas dicas de como preservar a fertilidade.
Não fumar
O tabagismo é um dos fatores que mais fazem mal à saúde, considerado uma doença que pode causar inúmeros prejuízos, além de afetar a fertilidade.
Nas mulheres, o hábito de fumar impacta a produção de estrogênio, reduzindo o número de folículos ovarianos e aumentando as chances de aborto. Já nos homens, além da impotência sexual, a qualidade dos espermatozoides fica comprometida.
Mantenha uma alimentação adequada
Ter uma boa alimentação é fundamental para qualquer pessoa. Em pacientes com doenças autoimunes, a importância da nutrição aumenta ainda mais, uma vez que os alimentos ajudam no fortalecimento da imunidade.
Um sistema imunológico mais forte faz com que o tratamento seja mais eficaz, aumentando as chances de um resultado positivo e melhor controle da doença. Além disso, manter uma dieta balanceada, junto à prática de exercícios físicos regularmente, auxilia na preservação da fertilidade feminina.
Sempre faça check-ups
O acompanhamento médico é primordial para o tratamento das doenças autoimunes. Dessa forma, é possível saber se a doença está respondendo bem.
Além disso, as avaliações de rotina com exames de sangue, papanicolau e mamografia serão fundamentais para avaliar o seu estado geral de saúde. Os profissionais da saúde também indicam o combate ao estresse e a redução da ingestão de álcool como outras maneiras de preservar a fertilidade.
De modo geral, a melhor forma de impedir que a infertilidade ocorra é adotando uma rotina saudável junto aos cuidados médicos orientados. Esperamos ter esclarecido sobre doenças autoimunes e infertilidade. Se ainda tiver dúvidas, entre em contato ou agende uma avaliação individual.
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