Antes de realizar um tratamento de reprodução, é muito comum que as pacientes e casais perguntem-se quais as taxas de sucesso da fertilização in vitro (FIV),mas elas variam de pessoa para pessoa. Assim, por mais que se deseje algum tipo de garantia de o bebê nascer, o que se pode afirmar, com base em estudos científicos, é que, entre os casais com problemas de fertilidade que aderiram a esse tipo de tratamento de reprodução humana assistida, os níveis de concepção são os mesmos da população normal. Animador, não?
Neste artigo, mostramos o que esperar do procedimento. Veja, também, como seus hábitos podem contribuir para aumentar as chances de ter uma FIV bem sucedida!
Quais são as taxas de sucesso da fertilização in vitro?
Antes de se apegar a estatísticas, saiba que as taxas variam em função de uma série de fatores. Mas de maneira geral, um levantamento do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês),do Reino Unido, constatou que as chances de conceber um filho por FIV são de:
- 32,2% para mulheres com menos de 35 anos de idade;
- 27,7% para aquelas com idade entre 35 e 37 anos;
- 20,8%, para as que têm entre 38 e 39 anos;
- 13,6%, para as que estão na faixa dos 40 aos 42 anos;
- 5% para as que têm entre 43 e 44 anos;
- 1,9% para as tentantes com mais de 44 anos.
Quais indicadores determinam o êxito do procedimento?
Existem dois indicadores usados para determinar a probabilidade de êxito da FIV: a taxa de nascidos vivos e a taxa de gravidez cumulativa. Isso porque, o sucesso do procedimento não deve ser medido, apenas, pelo percentual de nascimentos, mas também pelo número de gestações únicas.
Isso é importante porque uma gravidez múltipla tem mais riscos associados. Portanto, gestações únicas ou, no máximo, de dois bebês, são consideradas ideais.
Quais são os fatores envolvidos nas taxas de sucesso da FIV?
Segundo a Sociedade Americana de Tecnologia para a Reprodução Assistida (SART, em inglês), a idade da mulher é o principal fator envolvido no sucesso do procedimento. Principalmente, no caso de estarem usando os próprios óvulos.
Sabe-se que as taxas de sucesso da FIV começam a declinar a partir dos 30 anos de idade. Além disso, a partir dos 40 anos, aumenta o risco de aborto espontâneo.
Outro aspecto essencial são as causas da infertilidade (mais comum entre casais heterossexuais). Já casais do mesmo sexo e mulheres solteiras, que recorrem aos tratamentos de fertilização assistida para buscar o esperma de um doador, geralmente não apresentam esse tipo de problema.
Relacionamentos homoafetivos femininos
De acordo com o levantamento mais recente da Human Fertilisation and Embriology Autority (HFEA),no Reino Unido, as taxas de sucesso da FIV aumentaram mais entre pacientes em relacionamentos homoafetivos femininos, principalmente, entre os mais jovens. Atualmente, a média de natalidade entre esse público é de 23%; em 2009, era de 15%.
Outro dado interessante: entre as pacientes que usaram os próprios óvulos, as maiores taxas de natalidade foram registradas entre casais femininos (31%). Já nas pacientes em relacionamentos heterossexuais, a taxa de sucesso foi de 23% por embrião transferido.
Solteiros
Em solteiras, no entanto, a taxa de sucesso foi de apenas 17%. Isso se deve à idade média mais alta dessas pacientes, as quais têm torno dos 39 anos. Nas pacientes em relacionamentos heterossexuais e homossexuais, a faixa etária predominante é de 35 anos. Portanto, o que explica a diferença nas taxas de sucesso, muitas vezes, é além da idade dos ovulos a qualidade do esperma.
Quando proveniente de um doador, há mais chances de os espermatozoides serem melhores, pois esses homens são saudáveis e têm, em média, 29 anos. Já quando o esperma é proveniente do parceiro, geralmente são homens mais velhos (por volta dos 37 anos) e menos preocupados com a própria saúde.
Comorbidades, como obesidade, também são complicadores. Por isso, antes de iniciar esse tipo de tratamento são necessárias diversos testes e investigações.
A adoção de um estilo de vida saudável é essencial para prevenir doenças associadas. Por isso, mantenha uma alimentação saudável, evite bebidas alcoólicas e o tabagismo.
Equipamentos de ponta e profissionais altamente preparados também contam para o sucesso da FIV. Por isso, deve-se buscar clínicas de referência. Nesses locais, pode-se fazer a análise de receptividade endometrial e a biópsia embrionária. Se necessário, como em pacientes com falhas sucessivas de implantação, isso ajuda a aumentar as chances de sucesso.
Pode-se fazer a FIV mais de uma vez?
Sim, é possível fazer a FIV mais de uma vez. Os especialistas em reprodução humana recomendam, em média, até três tentativas. Caso nenhuma resulte em gravidez, pode-se partir para outras estratégias de reprodução assistida.
Afinal, as taxas de sucesso da Fertilização in Vitro são animadoras, mas a medicina não é uma ciência exata. Como se diz, cada caso é único. O mais importante é buscar ajuda o quanto antes, adotar um estilo de vida saudável e iniciar o tratamento adequado.
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